quarta-feira, 9 de outubro de 2013

OPERAÇÕES URBANAS - ÁGUA BRANCA E MUITA SUJEIRA

OPERAÇÕES URBANAS
GRANDE NEGÓCIO IMOBILIÁRIO


Mais uma vez foi fechado um grande negócio, motivo de comemoração para todos os envolvidos na OPERAÇÃO URBANA "ÁGUA BRANCA", e o que não foi dito e nunca será entendido é que lá na frente, dentre as próximas negociatas preparadas pela Câmara, será evidenciada a circunscrição protetora de uma faixa privilegiada, tudo que não foi prometido pelo Partido Político na administração.
Jornalistas não tem mais a palavra nem tão pouco a denúncia, uma vez que patrocinadores dirigem a matéria. Grandes áreas da cidade, na mão de mini-fundiários, investidores e empreendedores, discutidas por representantes sociais e finalizadas em comemorações com champagne francesa, durante este período de conchavos, usos, ocupações e elevação dos índices de aproveitamento do solo; o VELHO CENTRO HISTÓRICO DE SÃO PAULO, mais uma vez ficará para depois; pois os proximos orçamentos serão consignados e canalisados para os desencadeamentos destas operações imobiliárias.
A densidade projetada para esta operação elevará para 60 pessoas por metro quadrado na Região da ÀGUA BRANCA, perfazendo uma barreira intransponível para quem da periferia acessa o centro.
Nas administrações MALUF, as tentativas de excentricidade da economia de São Paulo, levaram o adensamento para o Morumbí, para Pinheiros e agora para a Z.O., terrenos das empresas Maluf e Matarazzo, receberam durante anos a infra estrutura paga pelo munícipe da periferia, que agora são traídos pela POLÍTICA URBANA, desleal e preponderante.
As futuras barreiras propostas pelo Arquiteto BONDUKI e vereador, aliciam a periferia para o voto útil, mas entregam a o filé da cidade para o PODER ECONÔMICO, com o objetivo de circunscrever a ILHA PROTETORA, dotada de tudo que é bom.
O anúncio inicial da venda em torno de 300 mil metros quadrados, com um jeitinho no zoneamento, elevará para 450 mil metros quadrados as atuais operações urbanas, o que significará um montante de 4,5 bi a ser administrado pelo setor financeiro.
Por aí podemos refletir sobre a OPERAÇÃO ÁGUA BRANCA, que de branca mesmo só o papel onde serão lavrados os acordos, e a sujeira mais uma vez irá para baixo do tapete.

EDISON IVANOV arquiteto e urbanista
ivanov@arquitetoonline.com.br

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