quarta-feira, 9 de outubro de 2013

OPERAÇÕES URBANAS - HISTÓRICO

OPERAÇÕES URBANAS

Durante a década de 80, são traçadas as OPERAÇÕES DE COMPENSAÇÃO, ou seja operação "ROBIN WOOD INVERTIDA".

Projetos mapeavam as áreas de interesses econômicos, e permutas seriam aceitas para os acordos de ocupação de áreas mesmo em desacordo com o PLANO DIRETOR.

A princípio a circunscrição Jardins, Morumbi e Ibirapuera, continham os atrativos necessários à especulação da época, bom poder aquisitivo, bons equipamentos urbanos e proprietários em comum acordo, discutiam a moeda de troca com o setor econômico. No final dos anos 80 e início de 90, na adm Erundina, alguns passos foram dados na direção do Morumbí, quando alguns dos projetos de PAULO MALUF, interrompidos anteriormente pelo então Prefeito Janio Quadros, voltam a serem discutidos como a NOVA FARIA LIMA, e a ligação por baixo do RIO TIETÊ com o Morumbi, melhoramentos para AV. LUIZ CARLOS BERRINI, e o Corredor FARIA LIMA. Algumas ações como a OUTORGA ONEROSA, davam o direito de se construir acima do limite estabelecido pelo zoneamento, mas dependia do estoque de área, bem como decretos e outros dispositivos.
Hoje a OPERAÇÃO ÁGUA BRANCA, vem delinear mais um trecho do projeto, por incrível coincidência, estão envolvidos; Câmara Municipal e Empreendedores das discussões passadas.

Estas ações de Governo que privilegiam os interesses atuais, esqueceram do CENTRO HISTÓRICO DE SÃO PAULO, o ponto mais importante do qual depende o sucesso de todo e qualquer empreendimento urbano, seja na capital, na periferia com o RODOANEL, ou na REGIÃO METROPOLITANA.
O círculos que circunscrevem as cidades datam do período medieval, constituídos de muralhas físicas, geográficas ou até invisíveis, objetivam proteger as castas ligadas ao poder central. Alguns modelos como o PLANO DE PARIS, adotados no Brasil, a exemplo está CURITIBA, nada diferente de São Paulo, hoje cercada por assentamentos expontâneos, invasões e exclusões de toda a sorte.
A construção da muralha circunscrevente do privilégio da boa infraentrutura, no futuro não apenas evidenciará a segregação urbana periférica, mas condenará o centro, sob pena de invasões e conflitos sociais de toda ordem.
A grande relevãncia é que São Paulo extrapolou todos os limites de crescimento desordenado e que as reuniões paralelas aos interesses sociais deverão sessar de um vez por todas, voltando a projetos reais de infraestrutura e oportunidades.

EDISON IVANOV arquiteto e urbanista
ivanov@arquitetoonline.com.br  

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